Esta abertura diplomática surge num contexto de contínua hostilidade e ataques intensificados por parte de Israel, refletindo a complexa dinâmica entre a busca pela estabilidade e a realidade do conflito.
Numa declaração televisiva por ocasião do Dia da Independência, Aoun afirmou que o Líbano está pronto para negociar um acordo para retirar Israel de cinco colinas fronteiriças que ocupa desde o fim da guerra com o Hezbollah e assegurou que as tropas libanesas estão preparadas para assumir posições em todos os pontos de onde as forças israelitas se retirem.
O presidente libanês sugeriu que as negociações poderiam ser patrocinadas pelos Estados Unidos, pela ONU ou pela comunidade internacional.
Contudo, esta oferta diplomática contrasta fortemente com a situação no terreno.
Aoun admitiu não ser claro se Israel aceitaria a proposta, especialmente num momento em que as forças israelitas intensificaram os seus ataques no Líbano, como o bombardeamento que matou 13 pessoas no campo de refugiados de Ein el-Hilweh. A posição de Israel, expressa pelo ministro da Defesa, Israel Katz, é de que "não haverá calma em Beirute nem ordem e estabilidade no Líbano enquanto a segurança do Estado de Israel não estiver garantida". Esta dinâmica é ainda complicada pelo debate interno no Líbano, onde o primeiro-ministro Nawaf Salam questionou publicamente a eficácia do arsenal do Hezbollah como ferramenta de dissuasão contra Israel.













