Os números divulgados, considerados credíveis pelas Nações Unidas, revelam o impacto devastador da ofensiva israelita sobre a população civil palestiniana.

Desde o início da ofensiva israelita, em retaliação pelos ataques do Hamas, a Faixa de Gaza enfrenta uma crise sem precedentes. De acordo com as fontes do governo do Hamas, os números de vítimas são alarmantes: um artigo reporta "mais de 70 mil palestinianos mortos em ataques israelitas e quase 171 mil ficaram feridos", enquanto outro aponta para "mais de 69 mil mortos, na maioria civis".

Estes dados, que a ONU considera credíveis, refletem uma das mais mortíferas campanhas militares da história recente.

A violência não cessou completamente nem com a trégua em vigor desde 10 de outubro; um dos relatórios indica que as tropas israelitas mataram 356 habitantes de Gaza desde o início do cessar-fogo, considerando-os "ameaças imediatas". Para além das mortes e ferimentos, muitos dos quais resultaram em amputações e lesões permanentes, a guerra causou a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas. Os habitantes de Gaza enfrentam "condições sub-humanas de habitabilidade e acesso a recursos básicos", uma situação agravada pela chegada de chuvas intensas e pelo bloqueio parcial da ajuda humanitária.