Os Estados Unidos desempenham um papel central e impulsionador nos esforços diplomáticos para resolver o conflito em Gaza, com um plano de paz da administração Trump a servir de base para o atual cessar-fogo. O envolvimento direto do presidente norte-americano, incluindo um convite a Benjamin Netanyahu para uma reunião na Casa Branca, sublinha a influência de Washington nas negociações. O atual acordo de cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro, foi "impulsionado pelos Estados Unidos" e "baseia-se no plano do Presidente norte-americano, Donald Trump". Este plano estrutura-se em fases, começando com a troca de reféns e prisioneiros e prevendo, numa segunda fase, a abordagem de questões mais complexas como a desmilitarização do Hamas e a futura governação de Gaza.
A centralidade dos EUA é evidente não só na arquitetura do acordo, mas também na mediação contínua.
Washington é mencionado, juntamente com o Qatar, o Egito e a Turquia, como um dos mediadores nos contactos para resolver a crise dos combatentes do Hamas encurralados nos túneis de Rafah.
A influência americana é ainda reforçada pela relação direta entre os líderes.
Um telefonema entre Trump e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, resultou num convite para uma reunião na Casa Branca, onde ambos destacaram o compromisso com o desarmamento do Hamas.
A profundidade do envolvimento americano foi também visível quando o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, revelou publicamente a situação dos combatentes palestinianos presos nos túneis, indicando um conhecimento detalhado das operações no terreno e um papel ativo na gestão da crise.
Em resumoOs Estados Unidos, sob a administração Trump, são o principal arquiteto e mediador do processo de paz em Gaza. O plano americano define as etapas do cessar-fogo e Washington continua a ser um ator indispensável na resolução de disputas, demonstrando a sua significativa influência sobre Israel e o rumo das negociações.