As Nações Unidas emitiram declarações contundentes que descrevem a situação na Faixa de Gaza em 2025 como um cenário de fome e genocídio, destacando o impacto devastador de dois anos de guerra sobre a população civil. Relatórios de comissões independentes da ONU acusam Israel de cometer atos com a "intenção de destruir" a população palestiniana, alegações que Telavive rejeita veementemente, classificando-as como "tendenciosas e mentirosas".\n\nOs painéis de peritos da ONU documentaram um quadro humanitário catastrófico, descrevendo-o como "inteiramente provocado pelo Homem". Em agosto, foi reportado que meio milhão de pessoas no norte de Gaza enfrentavam fome, uma situação sem precedentes no Médio Oriente. A crise foi exacerbada pelo bloqueio total imposto por Israel após a quebra de um cessar-fogo em março, que limitou severamente a entrada de ajuda. A única assistência permitida foi canalizada através da controversa Fundação Humanitária de Gaza, cujos centros de distribuição foram palco de episódios de violência que resultaram em mais de 1.100 mortos. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou que cerca de 900 pessoas morreram enquanto aguardavam evacuação médica, com mais de 16.500 ainda na lista de espera.
A enfermeira Ruth Conde, dos MSF, descreveu a situação como insustentável: "Em Gaza, não há qualquer hospital plenamente operacional".
A pressão internacional levou mais de 150 membros da ONU a reconhecer o Estado da Palestina e vários governos europeus a imporem embargos de armas a Israel. A situação dos 90% da população deslocada permanece incerta, com ameaças de concentração numa "cidade humanitária" ou mesmo deportação.
Em resumoA crise humanitária em Gaza atingiu níveis alarmantes, com a ONU a apontar para situações de fome e genocídio. O bloqueio israelita, a destruição de infraestruturas de saúde e as dificuldades na distribuição de ajuda criaram um desastre humanitário que a comunidade internacional tem lutado para mitigar, apesar da crescente pressão diplomática sobre Israel.