A Síria viveu uma transformação política sísmica com a deposição do presidente Bashar al-Assad em dezembro de 2024, após quase 14 anos de guerra civil. A ascensão de um governo de transição liderado por Ahmad al-Sharaa, chefe da coligação rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS), levou a uma reavaliação da política internacional em relação a Damasco, resultando no levantamento gradual de sanções.\n\nA queda de Assad, que estava no poder desde a repressão de protestos pró-democracia em 2011, abriu um novo capítulo para o país. O novo presidente interino, Ahmad al-Sharaa, que no passado liderou a Frente al-Nusra (antigo braço sírio da Al-Qaeda), tem procurado normalizar as relações internacionais e promover a reconciliação interna.
Este esforço foi reconhecido por potências ocidentais.
O Canadá anunciou a retirada da Síria da sua lista de Estados que apoiam o terrorismo e removeu o grupo HTS da lista de entidades terroristas, uma medida descrita como "coerente com as recentes decisões tomadas pelos nossos aliados, incluindo o Reino Unido e os Estados Unidos".
Washington e Londres também levantaram sanções, com os EUA a suspenderem-nas por seis meses em novembro, excetuando transações com a Rússia e o Irão.
O próprio al-Sharaa foi removido da lista de Terroristas Globais Especialmente Designados pelos EUA, uma decisão que se seguiu a uma resolução semelhante no Conselho de Segurança da ONU. Apesar destes avanços, a Síria continua a enfrentar desafios de segurança, incluindo ataques israelitas, como o que ocorreu em Beit Jinn e que resultou em 13 mortos, denunciado por Damasco como um "crime de guerra".
Em resumoA deposição de Bashar al-Assad e a formação de um governo de transição na Síria desencadearam uma rápida mudança na diplomacia internacional, com o Canadá, os EUA e o Reino Unido a levantarem sanções. Este realinhamento reflete os esforços do novo líder, Ahmad al-Sharaa, para estabilizar o país, embora a Síria continue a enfrentar ameaças à sua soberania e segurança interna.