O transporte de material militar para Israel através de navios com pavilhão europeu tornou-se um ponto de controvérsia, levantando questões sobre o papel de nações neutras no fornecimento de armamento a zonas de conflito. A passagem de um cargueiro com bandeira portuguesa, o Holder G., em direção ao porto israelita de Haifa, gerou denúncias por parte de movimentos de apoio à Palestina e partidos políticos.\n\nO navio em questão, identificado como Holger G ou Holder G., estaria a transportar entre 400 e 440 toneladas de armamento e material militar destinado a empresas israelitas. A notícia, avançada por vários meios de comunicação, foi denunciada pelo Bloco de Esquerda e pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano. A controvérsia reside no facto de um navio com bandeira de um país da União Europeia estar envolvido no transporte de equipamento militar para uma nação em guerra, especialmente num contexto em que vários governos europeus impuseram embargos de armas a Israel devido à crise humanitária em Gaza.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português optou por não comentar o caso, mantendo uma posição de silêncio oficial sobre o assunto.
Este episódio realça a complexidade da logística internacional de armamento e as implicações políticas para os países cujos pavilhões são utilizados nestas operações, colocando em evidência a tensão entre as obrigações comerciais e as posições diplomáticas sobre o conflito no Médio Oriente.
Em resumoA denúncia de um navio com bandeira portuguesa a transportar material militar para Israel expõe as complexas e, por vezes, controversas cadeias de fornecimento de armamento. O caso levanta questões sobre a neutralidade e a política externa de Portugal, gerando um debate sobre a responsabilidade dos países no controlo de embarcações sob o seu pavilhão que se dirigem a zonas de conflito.