A complexidade da situação é agravada pela manutenção do controlo israelita sobre mais de metade do território de Gaza.
As forças israelitas recuaram para uma demarcação conhecida como “linha amarela”, mas continuam a abrir fogo contra palestinianos que se aproximam das suas posições, resultando em fatalidades quase diárias.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, reportou que pelo menos 367 palestinianos foram mortos desde o início da trégua, com o número de feridos a ultrapassar os 950. Estes números somam-se a um balanço total desde o início da ofensiva israelita, em outubro de 2023, que ascende a mais de 70.354 mortos e 171.030 feridos. A crise humanitária é descrita como catastrófica por painéis de peritos da ONU, que acusaram Israel de cometer genocídio e de provocar deliberadamente uma situação de fome. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou que cerca de 900 pessoas morreram enquanto aguardavam por uma evacuação médica que nunca chegou, sublinhando o colapso do sistema de saúde, onde “não há qualquer hospital plenamente operacional”. As operações de resgate são quase impossíveis, com milhares de corpos ainda soterrados sob os escombros de mais de 80% dos edifícios de Gaza, que estão destruídos ou danificados.













