Estas propostas, no entanto, enfrentam a complexidade das posições de Israel e do Hamas, bem como os desafios logísticos no terreno.

O plano, apresentado pelo Presidente norte-americano Donald Trump, está estruturado em várias fases.

A primeira, já em curso, envolve o cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros. A segunda fase, ainda por aprovar, prevê o desarmamento do Hamas, a criação de uma autoridade de transição e o envio de uma Força Internacional de Estabilização (FIE), já autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acrescentou uma terceira fase de “desradicalização de Gaza”, comparando o processo ao realizado na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.

Segundo o portal Axios, Trump pretende anunciar a composição do novo governo de Gaza antes do Natal, que seria composto por 12 a 15 palestinianos com experiência em gestão e negócios, não afiliados a movimentos políticos. Este governo seria supervisionado por um “Conselho de Paz” presidido por Trump e composto por líderes árabes e ocidentais.

Países como a Indonésia, Azerbaijão, Egito e Turquia já se mostraram preparados para contribuir com tropas para a FIE.

O Qatar e o Egito, mediadores chave, apelaram à “rápida formação” desta força.

No entanto, a Turquia, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, alertou que o desarmamento do Hamas não deve ser a primeira medida, afirmando que “é essencial seguir a ordem correta e manter uma abordagem realista”.