Esta ameaça surge num momento de rara diplomacia.

Responsáveis civis libaneses e israelitas encontraram-se no âmbito do organismo de supervisão do cessar-fogo, um evento descrito por Israel como um “avanço histórico” e uma “tentativa inicial de estabelecer as bases para uma relação bilateral”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sugeriu que estas reuniões poderiam levar a uma cooperação económica.

No entanto, o seu homólogo libanês, Nawaf Salam, refutou esta interpretação, frisando que as reuniões não constituem negociações “políticas” de paz e que o Líbano continua vinculado à iniciativa árabe de paz de 2002.

Para Beirute, o objetivo é alcançar “a cessação das hostilidades, a retirada total israelita” do território libanês e a libertação de reféns.

Israel, por seu lado, insiste que o desarmamento do Hezbollah é “essencial” e mantém cinco posições militares no sul do Líbano, uma violação do acordo de cessar-fogo, segundo as autoridades libanesas.