A ação serve como um aviso a adversários regionais e internacionais, reafirmando a sua postura assertiva na região.

A capacidade militar do Irão é um pilar fundamental da sua política externa, que inclui o apoio a grupos como os Huthis no Iémen e o Hezbollah no Líbano, considerados agentes desestabilizadores por várias potências ocidentais.

Internamente, a situação é complexa.

O analista político Eduardo Correia, que esteve em Teerão após a guerra de 12 dias com Israel, observou que existe uma desconfiança significativa em relação ao regime por parte de uma fação da população. Segundo Correia, há “um conjunto de iranianos que não se revê no regime dos aiatolas, porque não se revê no regime extremista islâmico”. Esta divisão interna sugere que o apoio ao governo não é monolítico e que as ações do regime, tanto a nível interno como externo, são vistas de forma crítica por uma parte dos cidadãos, alguns dos quais chegaram a apoiar os ataques israelitas como forma de oposição ao governo.