As forças armadas israelitas têm assumido publicamente os ataques, detalhando que visam “infraestruturas pertencentes à organização terrorista Hezbollah”.
Os alvos incluem complexos de treino da Força Radwane, a unidade de elite do grupo, campos de tiro, estruturas militares e locais de lançamento de projéteis contra Israel. A justificação de Telavive para esta ofensiva contínua, que ameaçou intensificar em novembro, é a acusação de que o Hezbollah se está a “rearmar”, violando os termos do acordo de cessar-fogo estabelecido em novembro de 2024. Recentemente, o exército israelita emitiu uma “mensagem urgente” em árabe, apelando à evacuação de civis de áreas específicas nas aldeias de Jbaa e Mahrouna antes de bombardeamentos iminentes. Esta escalada militar coincide paradoxalmente com um desenvolvimento diplomático significativo: as primeiras conversações diretas em mais de 40 anos entre representantes civis de Israel e do Líbano, no âmbito do comité de monitorização do cessar-fogo.
No entanto, as interpretações sobre este encontro divergem.
Enquanto o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, clarificou que não se tratam de negociações de paz “políticas”, o seu homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, descreveu-as como um “avanço histórico”, insistindo que o desarmamento do Hezbollah é “essencial”.













