As manobras, conduzidas pela Guarda Revolucionária, foram apresentadas pela televisão estatal como uma demonstração do “espírito de resistência” das forças navais para “enfrentarem qualquer ameaça”.

Durante os exercícios, as unidades navais “emitiram avisos aos navios norte-americanos na região, transmitindo-lhes uma mensagem firme”, cujo conteúdo não foi divulgado.

A Guarda Revolucionária também testou com sucesso um novo míssil de longo alcance, alegadamente capaz de atingir qualquer alvo no Golfo, e destacou sistemas de defesa antiaérea que utilizam Inteligência Artificial. O vice-comandante da Guarda Revolucionária, Ali Fadavi, declarou que “nenhum país pode restringir o papel do Estreito de Ormuz” e que “a segurança do Golfo Pérsico é a linha vermelha do Irão”.

Fadavi descreveu os Estados Unidos e Israel como “os principais causadores da insegurança global”. Estas ações são enquadradas como uma resposta às tensões na região, especialmente após o conflito direto de 12 dias com Israel em junho, durante o qual os EUA também atacaram instalações nucleares iranianas.

O Estreito de Ormuz é uma via navegável vital, por onde passam cerca de 20% das exportações mundiais de petróleo.