Estas movimentações diplomáticas refletem a complexidade e as profundas implicações globais da crise no Médio Oriente.
Em Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez, ao receber o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, adotou uma postura contundente, afirmando que "os responsáveis por este genocídio têm de prestar contas" e prometendo que a Espanha continuará a "levantar a voz" pela causa palestiniana. Por outro lado, o chanceler alemão, Friedrich Merz, durante uma visita a Israel e um telefonema com Abbas, apelou a "reformas urgentemente necessárias" na Autoridade Palestiniana para que esta possa desempenhar um "papel construtivo" no futuro de Gaza, ao mesmo tempo que condenou a violência dos colonos na Cisjordânia.
A sua visita a Jerusalém reafirmou a solidariedade da Alemanha com Israel, mas também sublinhou as divergências sobre a condução da guerra.
Simultaneamente, o conflito adquire uma dimensão logística controversa com a denúncia de que um navio cargueiro com bandeira portuguesa, o "Holder G.", estaria a transportar 400 toneladas de material militar para empresas de armamento israelitas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português não comentou o caso, que foi levantado por partidos políticos e movimentos de solidariedade, ilustrando as tensões entre as posições oficiais dos governos e o escrutínio da sociedade civil sobre o papel dos seus países no conflito.














