As forças israelitas anunciaram uma série de ataques aéreos contra infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano, aumentando a tensão na fronteira apesar de um cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024. Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter atacado "infraestruturas pertencentes à organização terrorista Hezbollah em diversas áreas do sul do Líbano", incluindo um complexo de treino da força de elite Radwane e locais de lançamento de mísseis. Estes ataques ocorrem num contexto de acusações israelitas de que o Hezbollah se está a "rearmar", aproveitando a frágil trégua.
A tensão é agravada por incidentes diretos com as forças de manutenção da paz da ONU. A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) denunciou que os seus veículos foram alvejados por um tanque israelita perto da Linha Azul, descrevendo o ato como uma "violação grave" da resolução 1701 do Conselho de Segurança.
Diplomaticamente, a situação é complexa, com o Líbano a sentir a pressão dos EUA para desarmar o Hezbollah, enquanto o Irão, principal apoiante do grupo, é acusado de "interferência inaceitável" por Beirute.
O ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Abdallah Bou Habib, recusou um convite para visitar Teerão, propondo um encontro num "país terceiro neutro" e sublinhando que as relações devem basear-se na "não interferência nos assuntos internos".
O Hezbollah foi significativamente enfraquecido pela guerra, que culminou no assassinato do seu líder, Hassan Nasrallah, em 2024.
Em resumoIsrael continua a sua campanha militar contra o Hezbollah no Líbano, citando a necessidade de impedir o rearmamento do grupo. A situação na fronteira permanece volátil, com incidentes envolvendo a ONU e tensões diplomáticas entre o Líbano e o Irão, refletindo a complexa dinâmica de poder regional.