No entanto, o último ano foi marcado por graves episódios de violência envolvendo minorias alauitas e drusas, bem como acusações de abusos por parte das novas forças de segurança.

A especialista Dorothée Schmid, do IFRI, observa que, embora os sírios se sintam mais livres para debater o futuro do país, "a vida quotidiana continua muito difícil".

A situação de segurança permanece precária.

Um bombardeamento de origem desconhecida atingiu as imediações do aeródromo militar de Mazzeh, em Damasco, e Israel confirmou ter aberto fogo sobre uma multidão em Quneitra, que considerou "ameaçadora". Israel expandiu a sua presença militar no sul da Síria e insiste na desmilitarização da região a sul de Damasco, uma exigência que al-Sharaa descreve como Israel a "exportar crises". No plano internacional, o novo regime obteve sucesso no levantamento de sanções, e líderes como António Costa, Presidente do Conselho Europeu, reafirmaram o apoio da UE a "um processo pacífico liderado pelos sírios".

Enquanto isso, Bashar al-Assad vive uma "vida confortável e aristocrática em Moscovo", tendo-se afastado completamente da arena política.