Em Madrid, ao lado do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, Abbas defendeu que a paz só será alcançada com justiça, afirmando que "os responsáveis por este genocídio têm de prestar contas". Sánchez, cujo governo reconheceu oficialmente a Palestina em maio de 2024, prometeu que Espanha continuará a "levantar a voz" para que a "situação dramática em que se encontra o povo palestiniano" não seja esquecida.

Em Roma, Abbas reuniu-se com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e reiterou a sua mensagem.

"A ausência de um Estado palestiniano é uma fonte de instabilidade e extremismo que afeta toda a segurança da região", advertiu, assegurando que "o Estado da Palestina não será uma preocupação de segurança para ninguém, mas um parceiro na construção da paz". Abbas apelou a Itália, que ainda não reconheceu o Estado palestiniano, para seguir o exemplo de outros 160 países, argumentando que tal passo "reforçaria ainda mais o princípio dos dois Estados".

O governo italiano manifestou-se disposto a avançar com o reconhecimento, mas impõe como condição prévia a destituição do Hamas de qualquer papel governativo em Gaza. A visita de Abbas sublinha a estratégia diplomática palestiniana de procurar apoio na Europa para a solução de dois Estados, num momento em que o conflito em Gaza domina a agenda internacional.