A tempestade polar “Byron” exacerbou drasticamente as condições de vida já precárias, causando pelo menos 17 mortes por frio e chuva, incluindo quatro crianças.
O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, fez um apelo dramático, afirmando que “as pessoas na Faixa de Gaza estão a morrer de frio”. As chuvas torrenciais provocaram inundações generalizadas, pondo em risco cerca de 795.000 palestinianos deslocados que vivem em abrigos improvisados, muitos dos quais são “ruínas inundadas” que estão a colapsar.
A resposta humanitária está a ser severamente limitada por bloqueios.
Lazzarini lamentou que os trabalhadores humanitários lutam para satisfazer as necessidades “no meio de contínuas restrições à entrada de tendas e outros materiais de abrigo em Gaza”, com fornecimentos da UNRWA retidos há meses. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) reforçou esta denúncia, indicando que materiais essenciais para proteger os abrigos das inundações, como madeira e bombas de água, “continuam atrasados”. O Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) confirmou que “ainda não chegam fornecimentos suficientes” devido a obstáculos como o número limitado de rotas de acesso.
Esta situação desesperada desenrola-se num cenário onde mais de 70.600 pessoas já morreram devido à ofensiva israelita, deixando a população civil encurralada entre a violência do conflito e a brutalidade do inverno sem abrigo ou ajuda adequada.













