Após a renovação do seu mandato pela Assembleia Geral da ONU, uma coligação de países como a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, a Turquia, a Arábia Saudita e o Qatar emitiu uma declaração conjunta descrevendo o papel da UNRWA como “indispensável” e “insubstituível”. O comunicado elogia a agência como a única tábua de salvação para milhões de palestinianos, especialmente perante a “crise humanitária sem precedentes” em Gaza, e condena veementemente uma recente incursão das forças israelitas na sede da UNRWA em Jerusalém Oriental, considerando-a uma “violação flagrante do direito internacional”.
Este apoio diplomático surge num momento em que a agência enfrenta enormes pressões.
Na Cisjordânia, a UNRWA denunciou uma nova ordem de demolição israelita para cerca de 25 edifícios no campo de refugiados de Nur Shams, uma ação que se insere num “padrão” de destruição para garantir o “controlo a longo prazo sobre os campos”. Em Gaza, o chefe da agência, Philippe Lazzarini, alerta que as restrições à ajuda estão a impedir a entrada de abrigos e outros bens essenciais para proteger a população do inverno rigoroso. A controvérsia em torno da UNRWA foi intensificada por acusações israelitas de ligações ao Hamas, que levaram à proibição das suas operações em Israel, embora o Tribunal Internacional de Justiça tenha considerado que Israel não apresentou provas suficientes para sustentar tais alegações.













