As chuvas torrenciais e os ventos fortes destruíram e inundaram as tendas improvisadas onde se abrigam entre 750 mil a um milhão de deslocados, deixando colchões, roupas e cobertores encharcados.
A tempestade provocou a morte de pelo menos 17 pessoas, incluindo quatro crianças e um bebé de oito meses em Khan Yunis, que sucumbiu às baixas temperaturas. A Unicef alertou para o risco de uma grave crise de saúde pública, com o diretor de comunicação, Jonathan Crickx, a sublinhar que "as crianças, especialmente os bebés, podem morrer de hipotermia" e que as condições são "muito propícias à propagação de doenças transmitidas pela água". A situação é exacerbada pela falta de saneamento, com esgotos a céu aberto a misturarem-se com as águas das inundações, e pela escassez de bens essenciais, que obriga as famílias a escolher entre "comprar sabão ou comprar comida".
Organizações como a UNRWA e a Amnistia Internacional lamentaram a deterioração das condições de vida, atribuindo-a também às restrições israelitas à entrada de materiais para reparar infraestruturas. Apesar dos esforços para distribuir roupas quentes, tendas e cobertores, a ajuda humanitária continua a ser insuficiente face à "escala enorme das necessidades", com o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, a afirmar que "as pessoas na Faixa de Gaza estão a morrer de frio".













