Em retaliação pela morte de três cidadãos norte-americanos, as forças armadas dos EUA lançaram um "ataque maciço" contra alvos do Estado Islâmico (EI) no centro da Síria, numa demonstração de força que assinala uma nova fase de cooperação com o governo pós-Assad. A operação em larga escala teve como alvo mais de 70 posições do EI, incluindo depósitos de armas e quartéis-generais nas províncias de Deir ez-Zor, Raqqa e perto da cidade histórica de Palmira. Foram utilizadas "mais de 100 munições de precisão guiadas", disparadas por caças F-15, aviões de ataque A-10 e helicópteros Apache. O secretário da Defesa, Pete Hegseth, afirmou que o objetivo era "eliminar os combatentes, as infraestruturas e as instalações de armamento do Estado Islâmico", descrevendo a ação não como o início de uma guerra, mas como "uma declaração de vingança".
O Presidente Donald Trump reforçou esta mensagem, prometendo retaliação severa a quem atacar americanos.
Numa reviravolta geopolítica significativa, Trump afirmou ter o apoio do novo governo sírio para a ofensiva. "O Governo da Síria, liderado por um homem que está a trabalhar arduamente para trazer a grandeza de volta à Síria, apoia totalmente esta iniciativa", declarou Trump, acrescentando que o Presidente sírio, Ahmad al-Sharaa, ficou "extremamente irritado e perturbado" com o ataque inicial do EI.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio corroborou esta posição, sublinhando a "necessidade urgente de reforçar a cooperação internacional para combater o terrorismo".
Em resumoA retaliação norte-americana contra o Estado Islâmico na Síria foi uma operação militar massiva, justificada como um ato de vingança. O desenvolvimento mais notável foi o apoio declarado do novo governo sírio, sinalizando um realinhamento estratégico significativo entre Washington e Damasco na luta contra o terrorismo.