A violência na Cisjordânia ocupada atingiu um novo pico com a morte de um adolescente palestiniano por um colono israelita, um incidente que reflete a intensificação das tensões e mereceu a condenação das Nações Unidas. Mouheeb Ahmed Jibril, de 16 anos, foi morto a tiro perto de Belém, depois de um colono ter saído do seu veículo e aberto fogo contra um grupo de jovens que permanecia no local após um funeral. Este assassinato insere-se num contexto de violência crescente na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, com as forças israelitas e colonos a matarem mais de mil palestinianos no território, segundo dados do Ministério da Saúde palestiniano.
As Nações Unidas expressaram profunda preocupação com a situação.
Ramiz Alakbarov, coordenador humanitário da ONU, declarou-se "consternado com a glorificação da violência por parte de autoridades, a sua participação em provocações perigosas, incitação e linguagem inflamatória". A crítica visa diretamente figuras da extrema-direita do governo israelita, como os ministros Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, cujos discursos controversos e defesa da anexação da Cisjordânia têm sido amplamente criticados.
A ONU também condenou a "expansão incessante dos colonatos israelitas", considerando-a uma violação do direito internacional que alimenta as tensões e ameaça a viabilidade de um futuro Estado Palestiniano.
Os ataques de colonos, muitas vezes realizados com o apoio das forças de segurança israelitas, tornaram-se mais frequentes e violentos, visando civis e propriedades agrícolas.
Em resumoA morte do jovem palestiniano na Cisjordânia evidencia uma perigosa escalada de violência, alimentada por ataques de colonos e por uma retórica inflamatória de altos responsáveis israelitas. A ONU condena veementemente esta situação, alertando que a expansão dos colonatos e a glorificação da violência estão a minar qualquer perspetiva de paz.