A fronteira entre Israel e o Líbano continua a ser um foco de tensão, com a Força Aérea israelita a realizar ataques contra o Hezbollah, enquanto a força de manutenção da paz da ONU (UNIFIL) prossegue com as delicadas operações de desminagem. Apesar de um cessar-fogo em vigor há mais de um ano, as forças israelitas continuam a conduzir ataques aéreos no Líbano, visando o que descrevem como "instalações militares do Hezbollah onde estavam armazenadas armas". Os ataques recentes atingiram zonas no sul do Líbano e bastiões do grupo xiita no Vale do Bekaa, resultando em vítimas mortais. Israel justifica estas ações como respostas às atividades do Hezbollah, mas Beirute e as Nações Unidas condenam-nas como violações do acordo.
Em simultâneo, a UNIFIL retomou as operações de desminagem humanitária, suspensas durante os confrontos.
Recentemente, a missão entregou ao Exército libanês o primeiro campo minado limpo desde o reacender das hostilidades, uma área de 2.000 metros quadrados na cidade de Blida, onde foram destruídas 393 minas.
A porta-voz da UNIFIL, Kandice Ardiel, afirmou que a missão continua a monitorizar a situação diariamente, tendo identificado quase 400 depósitos de armas e infraestruturas suspeitas.
A coexistência de ataques militares e esforços de desminagem ilustra a natureza precária da estabilidade na região, onde o Exército israelita ainda mantém postos avançados em território libanês, uma fonte contínua de atrito.
Em resumoA situação na fronteira israelo-libanesa é de uma paz frágil e contraditória. Enquanto a UNIFIL trabalha para limpar os vestígios de conflitos passados, ataques aéreos israelitas contínuos contra o Hezbollah demonstram que as hostilidades permanecem ativas, mantendo um elevado risco de escalada.