
Bancos Centrais Divergem sobre Emissão de Moedas Digitais (CBDCs)
Uma tendência de crescente ceticismo em relação às moedas digitais de banco central (CBDCs) está a ganhar força entre as principais autoridades monetárias globais, que optam por cancelar ou suspender os seus projetos de emissão. Esta mudança de rumo é motivada por uma combinação de fatores políticos e operacionais, bem como por experiências passadas que não alcançaram o sucesso esperado. Nos Estados Unidos, por exemplo, a oposição a um dólar digital está a materializar-se em legislação, com o objetivo de impedir a Reserva Federal de avançar com a sua criação. Outros países, como a Coreia do Sul, enfrentam desafios práticos, como os elevados custos de infraestrutura, que levaram a autoridade monetária a optar por uma abordagem baseada em "blockchain" para a digitalização do dinheiro, uma tecnologia que, embora associada às criptomoedas, pode ser implementada de forma centralizada. Em claro contraste com esta tendência global de recuo, o Banco Central Europeu (BCE) posiciona-se "em contramão", mantendo-se firme na sua exploração de um euro digital. Esta divergência estratégica entre grandes blocos económicos pode ter implicações significativas para o futuro do sistema financeiro internacional. Enquanto alguns decisores políticos expressam preocupações com a privacidade, o controlo estatal e a estabilidade financeira que uma CBDC poderia implicar, outros, como o BCE, parecem ver nela uma ferramenta para modernizar os pagamentos, reforçar a soberania monetária e competir com as moedas digitais privadas e as stablecoins. A decisão de avançar ou recuar com as CBDCs reflete, assim, um debate fundamental sobre o futuro do dinheiro e o papel do Estado na era digital.


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