Estas inovações representam diferentes visões para a evolução do dinheiro, desde soluções privadas a respostas institucionais do setor público.

As stablecoins surgiram como uma alternativa à elevada volatilidade de criptomoedas como o Bitcoin. Ao estarem indexadas a ativos estáveis, como o dólar ou o euro, moedas como o USDT (Tether) e o USDC procuram combinar a eficiência das transações digitais com a previsibilidade de uma moeda fiduciária, tornando-se atrativas para pagamentos e transferências internacionais.

A confiança nestes ativos depende da integridade das entidades privadas que os emitem.

Em paralelo, a crescente digitalização e o avanço de moedas privadas, incluindo as de gigantes como Amazon, Walmart e Paypal, levaram o Banco Central Europeu (BCE) a investigar a criação de um euro digital.

Este projeto visa oferecer uma versão eletrónica do euro, emitida e garantida por uma autoridade pública, que funcionaria como um complemento seguro e acessível ao dinheiro físico.

A confiança no euro digital estaria alicerçada no respaldo institucional do BCE e dos governos da zona euro.

A ascensão destas novas formas de dinheiro levanta preocupações entre especialistas sobre a potencial perda de eficácia dos bancos centrais na condução da política monetária e o enfraquecimento da força do dólar.

O debate sobre a regulação destes ativos é, por isso, crucial para determinar o seu impacto na estabilidade financeira global.