O Banco Central Europeu (BCE) anunciou o lançamento de uma segunda ronda de experimentação sobre as funcionalidades e inovações do euro digital, reforçando o seu compromisso com a criação de uma moeda digital pública para a Zona Euro. Este avanço insere-se no objetivo estratégico de impulsionar a inovação no sistema de pagamentos europeu e garantir a autonomia financeira da região face a moedas digitais privadas e estrangeiras. O anúncio baseia-se nas conclusões de um relatório sobre a plataforma de inovação do euro digital, lançada em outubro de 2024, que conta com a colaboração de 70 participantes do mercado, incluindo bancos, fintechs e comerciantes. Piero Cipollone, membro do comité executivo do BCE, destacou que a instituição pediu aos participantes para “imaginarem as oportunidades que um euro digital poderia oferecer aos consumidores e comerciantes”.
Entre as aplicações exploradas estão a redução de custos em transações financeiras entre empresas (B2B) e a implementação de recibos eletrónicos (e-receipts), que simplificariam devoluções, garantias e a gestão de despesas pessoais, com a garantia de forte encriptação para proteger a privacidade.
Os legisladores da União Europeia continuam a trabalhar no quadro legal, mas o BCE estima que a moeda digital poderá estar pronta até meados de 2029. Um inquérito recente revelou que os consumidores europeus esperam que o euro digital seja fiável, fácil de usar e gratuito, indicando as expetativas do público para esta futura ferramenta de pagamento.
Em resumoO BCE vai iniciar uma segunda fase de testes para o euro digital, com o objetivo de fomentar a inovação e a inclusão financeira na Zona Euro. A experimentação, que envolve 70 parceiros de mercado, explora aplicações como a redução de custos em pagamentos B2B e recibos eletrónicos, visando a implementação de uma moeda digital pública, fiável e gratuita até 2029.