Ao desenvolverem uma infraestrutura própria, estes bancos procuram não só modernizar os sistemas de pagamento, mas também reter o controlo sobre uma parte crucial da futura economia digital, evitando a dependência de tecnologias e regulamentações externas, nomeadamente dos Estados Unidos.
A iniciativa, no entanto, enfrenta um ambiente regulatório complexo.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, já alertou para os "riscos de liquidez" associados a estes fundos e manifestou preocupação com o risco da "privatização do dinheiro", defendendo que a moeda deve permanecer um bem público. A nova entidade, que será sediada nos Países Baixos e procurará uma licença de instituição de dinheiro eletrónico, terá de navegar estas preocupações e demonstrar robustez para ganhar a confiança tanto dos reguladores como do público.
O sucesso desta stablecoin poderá acelerar a integração de pagamentos digitais na Europa, oferecendo uma alternativa regulada e supervisionada às criptomoedas mais voláteis e às stablecoins estrangeiras, posicionando a Europa como um ator relevante na inovação financeira global.














