O progresso do Banco Central Europeu (BCE) no desenvolvimento do euro digital reflete a crescente urgência das autoridades monetárias em responder à digitalização da economia e à proliferação de criptomoedas privadas.
A segunda fase de experimentação, baseada nas conclusões de uma plataforma de inovação com 70 participantes do mercado, demonstra um esforço para criar uma solução de pagamento público que seja inovadora e segura.
Segundo o membro do comité executivo, Piero Cipollone, o objetivo é "imaginar as oportunidades que um euro digital poderia oferecer aos consumidores e comerciantes".
Entre as aplicações exploradas estão a redução de custos em transações entre empresas (B2B) e a implementação de recibos eletrónicos (e-receipts) que simplificariam processos como devoluções e orçamentos pessoais, garantindo a privacidade através de forte encriptação.
Este projeto é visto como crucial para impulsionar a inclusão financeira e manter a soberania monetária europeia num cenário onde as stablecoins privadas ameaçam reduzir a relevância do euro.
Embora o caminho até à implementação, prevista para 2029, seja longo e dependa de um quadro legislativo ainda em desenvolvimento, os avanços do BCE sinalizam a determinação em não ficar para trás na corrida global pela moeda do futuro.














