A iniciativa visa explorar inovações e aplicações práticas que poderiam transformar o sistema de pagamentos europeu, impulsionando a inovação e a inclusão financeira. Esta nova fase, que se baseia na plataforma de inovação lançada em outubro de 2024, envolve a colaboração com 70 participantes do mercado, incluindo comerciantes, empresas de tecnologia financeira (‘fintechs’), ‘startups’, instituições académicas e bancos. O objetivo é simular o ecossistema do euro digital, permitindo que intermediários desenvolvam e testem métodos de pagamento inovadores. Segundo Piero Cipollone, membro do comité executivo do BCE, a instituição pediu aos "participantes do mercado para imaginarem as oportunidades que um euro digital poderia oferecer aos consumidores e comerciantes".

Entre as aplicações exploradas, destacam-se os pagamentos entre empresas (B2B), que poderiam beneficiar de custos reduzidos em transações de grande volume. Outra inovação em destaque são os "recibos eletrónicos" (‘e-receipts’), que permitiriam aos consumidores ter um registo digital das suas compras, simplificando processos como devoluções, reclamações de garantia e gestão de despesas pessoais.

Estes recibos seriam "fortemente criptografados" para garantir a privacidade do comprador e do vendedor.

Embora as ideias ainda estejam em fase experimental, o BCE planeia começar os testes já no próximo ano e partilhar mais informações sobre os resultados no primeiro semestre de 2026.

O projeto do euro digital é uma resposta à crescente digitalização dos pagamentos e à ascensão de criptoativos privados, procurando preservar a autonomia financeira da Zona Euro.