O estudo analisou quatro momentos distintos de crise: a pandemia de Covid-19, a invasão da Ucrânia, a crise da dívida grega e o apagão na Península Ibérica em abril de 2025.
Em todos estes cenários, concluiu-se que "a utilidade do dinheiro em numerário intensifica-se quando a estabilidade é ameaçada".
O apagão ibérico, em particular, "destacou o dinheiro como um método de pagamento indispensável quando as infraestruturas digitais falham e também como um importante instrumento de tranquilidade pública". O BCE descreve o numerário como um "pneu suplente" para o sistema de pagamentos e uma "espécie de seguro social" de baixo custo contra instabilidades sistémicas. A recomendação concreta para os cidadãos é a de manterem uma reserva para cobrir necessidades essenciais durante cerca de 72 horas, com as autoridades de países como os Países Baixos, Áustria e Finlândia a sugerirem valores "entre 70€ e 100€ por membro da família". O estudo do BCE surge num contexto em que a digitalização dos pagamentos avança, incluindo o desenvolvimento de um euro digital pelo próprio BCE e o incentivo à utilização de criptoativos nos EUA através de ordens executivas, reforçando a ideia de que o dinheiro físico continua a ser uma "componente crítica da preparação nacional para as crises".













