O caso expõe os riscos significativos associados a promessas de alta rentabilidade no mercado de ativos digitais não regulado. De acordo com as informações divulgadas, os suspeitos atuavam através de plataformas online, onde prometiam aos investidores rendimentos elevados e aparentemente seguros, entre 5% e 10%.

Atraídos por esta rentabilidade, os lesados aplicaram valores que variavam entre os 250 euros e os 50 mil euros.

No entanto, em vez de ser investido, o dinheiro das vítimas foi transferido para a Lituânia, consumando a fraude.

Este esquema de "burla nos criptoativos", como é referido, evidencia a vulnerabilidade dos investidores a promessas irrealistas num setor ainda marcado por uma regulação incipiente e pela complexidade dos seus mecanismos.

A natureza internacional da fraude, com a movimentação de fundos para outra jurisdição, dificulta o rastreamento e a recuperação dos valores perdidos, um desafio comum em crimes financeiros relacionados com ativos digitais.

O caso serve como um alerta para os perigos da engenharia social e das plataformas de investimento não verificadas, que exploram o desconhecimento e o desejo de ganhos rápidos por parte do público. A dimensão do prejuízo em Portugal, afetando mais de duas centenas de pessoas com uma perda média considerável, sublinha a necessidade de maior literacia financeira e de cautela redobrada ao investir em criptomoedas.