O apelo visa equilibrar as condições de mercado e mitigar riscos para a estabilidade financeira, assinalando uma divergência face à abordagem de desregulação dos EUA.

Numa intervenção durante um evento nos Países Baixos, Lagarde considerou “vital” que os políticos adaptem a regulação, mas sublinhou que não o deveriam fazer “baixando os padrões para os bancos, mas antes elevando para os não-bancários”. Segundo a presidente do BCE, esta medida ajudaria a resolver a “desigualdade de condições” e tornaria “mais visíveis os potenciais riscos para a estabilidade financeira que permaneceram adormecidos nos cantos escuros da economia”.

A sua posição contrasta com a abordagem do governo dos Estados Unidos, que, segundo os artigos, aposta na “desregulação e no apoio aos criptoativos”.

Lagarde insistiu que os legisladores devem “resistir à fadiga regulatória e redobrar os seus esforços para estender regras globais mais fortes aos não-bancários”, alertando que, sem uma supervisão adequada destes setores, a política monetária poderia tornar-se a única ferramenta para conter a “exuberância financeira”.

Este posicionamento sinaliza a intenção da Europa de construir um quadro regulatório mais robusto para o setor financeiro emergente, em oposição a uma abordagem mais liberal.