Esta valorização expressiva, que representa um aumento de 100% em apenas um ano, reflete um renovado otimismo dos investidores num contexto de instabilidade económica e geopolítica. A análise deste pico de valorização revela uma confluência de fatores que sublinham o papel crescente da Bitcoin como um ativo de refúgio e, simultaneamente, um instrumento especulativo.
Diversos artigos apontam a paralisação orçamental nos Estados Unidos ('shutdown') como um dos principais catalisadores, gerando uma “desconfiança dos investidores” nos mercados tradicionais e impulsionando a procura por alternativas.
Este movimento, apelidado de ‘debasement trade’, reflete a aposta na desvalorização do dólar e na busca por ativos que preservem valor.
A subida foi tão acentuada que a criptomoeda atingiu os 125.689 dólares, batendo o recorde anterior de agosto, que se situava em torno dos 124.500 dólares. O momento positivo foi também associado ao desempenho histórico da Bitcoin em outubro, um mês que, por ter registado subidas em nove dos últimos dez anos, ganhou a alcunha de “Uptober”.
No entanto, a volatilidade intrínseca deste mercado também se fez sentir, com algumas fontes a reportarem uma ligeira correção para cerca de 122.047 dólares pouco depois de atingir o novo máximo.
Este comportamento demonstra a natureza especulativa do ativo, onde ganhos rápidos podem ser seguidos de ajustes abruptos.
A valorização expressiva num contexto de incerteza global, com tensões geopolíticas e crises políticas em países como França, reforça a narrativa da Bitcoin como um “porto seguro”, à semelhança do ouro, para investidores que procuram proteger-se da instabilidade dos sistemas financeiros convencionais.













