A entidade supervisora adverte contra anúncios que prometem retornos financeiros “astronómicos e imediatos”, sublinhando que é muito provável que se trate de uma fraude. O aviso do BdP detalha o modus operandi destes esquemas fraudulentos, que frequentemente começam com a divulgação de supostos investimentos em páginas de internet e redes sociais. Estas campanhas utilizam “abusivamente imagens de pessoas conhecidas do grande público (como personalidades do entretenimento, do desporto ou da política)” para conferir legitimidade às ofertas.
Em alguns casos, recorre-se a tecnologia de inteligência artificial para criar ‘deepfakes’, tornando os testemunhos falsos quase indistinguíveis dos reais.
O processo fraudulento envolve tipicamente a solicitação de dados de contacto, seguida de uma abordagem para convencer a vítima a fazer um pequeno investimento inicial. Posteriormente, os burlões fornecem informações falsas sobre a valorização do investimento para incentivar transferências de valores cada vez mais elevados.
Quando a vítima tenta levantar os fundos, são-lhe exigidas “taxas” elevadas, e, invariavelmente, “os burlões deixam de estar contactáveis, as plataformas online desaparecem, e o dinheiro investido nunca chega a ser devolvido”.
O BdP reforça que, embora seja a autoridade competente para a supervisão de entidades que exercem atividades com ativos virtuais para fins de prevenção de branqueamento de capitais, não tem competências para fiscalizar a solidez ou a transparência destas entidades, deixando o investidor exposto a riscos significativos.













