A iniciativa pretende oferecer aos cidadãos e empresas uma opção pública de pagamento eletrónico, reduzindo a dependência de redes externas como Visa e Mastercard e de empresas tecnológicas estrangeiras.
Segundo Piero Cipollone, membro do Conselho do BCE, o euro digital reforçará a “autonomia e segurança” da zona euro.
O projeto entrou numa fase de preparação em novembro de 2023, focada no desenho técnico, na realização de ensaios de usabilidade e no desenvolvimento de um manual regulatório ('rulebook').
O BCE já está a trabalhar com cerca de 70 participantes do mercado, incluindo fintechs, comerciantes e bancos, para testar cenários operacionais. A segurança é uma prioridade, com o BCE a contratar soluções de inteligência artificial para a prevenção de fraudes. Neste âmbito, destaca-se a escolha da startup portuguesa Feedzai, em parceria com a PwC, para desenvolver sistemas de análise de risco em transações do euro digital. A implementação do euro digital, no entanto, não será imediata.
O processo legislativo, iniciado com uma proposta da Comissão Europeia em junho de 2023, ainda está em discussão no Parlamento Europeu e no Conselho da UE.
Se o enquadramento legal for aprovado em breve, o BCE estima que poderá levar entre dois a três anos para operacionalizar o euro digital, apontando para meados de 2029 como uma data possível para o seu lançamento.
A maioria dos europeus, segundo um inquérito da Organização Europeia de Consumidores (BEUC), espera que o novo meio de pagamento seja seguro, fácil de usar e gratuito.













