O ex-banqueiro António Horta Osório e o economista e presidente do ISEG, João Duque, denunciaram publicamente que os seus nomes e imagens estão a ser usados em anúncios falsos, circulando principalmente nas redes sociais.
António Horta Osório afirmou na sua conta de LinkedIn que “essas campanhas são totalmente falsas” e que não tem “qualquer ligação ou envolvimento com esse tipo de publicidades”. De forma semelhante, João Duque emitiu um comunicado informando que “tais 'posts' ou vídeos são falsos”, apelando à denúncia junto das autoridades.
Embora estes anúncios promovam “produtos financeiros” de forma genérica, o Banco de Portugal (BdP) estabelece uma ligação direta entre esta tática e as burlas com criptoativos. Num alerta sobre fraudes, o BdP especifica que é comum a utilização abusiva de “imagens de pessoas conhecidas do grande público” e até de ‘deepfakes’ (vídeos manipulados com inteligência artificial) para dar credibilidade a investimentos fraudulentos em criptoativos. Esta sobreposição de alertas indica que as figuras públicas estão a ser usadas como isco para atrair investidores para esquemas de alto risco, sendo o mercado de criptomoedas um dos principais destinos destes fundos.
A tática visa explorar a confiança que estas personalidades inspiram para convencer as vítimas a investir em plataformas que, no final, desaparecem com o dinheiro.













