As burlas frequentemente utilizam promessas de retornos elevados e imediatos para atrair investidores, resultando na perda total do capital investido.
As autoridades portuguesas identificaram um padrão recorrente nestes esquemas fraudulentos, que são promovidos através de anúncios online e nas redes sociais.
Para conferir credibilidade, os burlões utilizam abusivamente imagens de figuras públicas, como personalidades do desporto ou do entretenimento, por vezes recorrendo a inteligência artificial (deepfakes) para criar testemunhos falsos.
O método consiste em convencer as vítimas a realizar um investimento inicial de baixo valor, mostrando-lhes depois, em plataformas falsas, uma suposta valorização dos seus ativos.
Com base nestes ganhos fictícios, os investidores são persuadidos a transferir montantes cada vez maiores.
Quando tentam resgatar o dinheiro, são confrontados com pedidos de pagamento de "taxas" adicionais ou os burlões simplesmente desaparecem. O Banco de Portugal reforça que os criptoativos, como a Bitcoin e o Ethereum, não têm curso legal em Portugal, não são garantidos por nenhuma autoridade nacional ou europeia e estão sujeitos a uma "enorme volatilidade". Em caso de desvalorização, não existe um fundo que cubra as perdas, sendo o utilizador a suportar todo o risco.
Para se protegerem, os consumidores devem adotar uma atitude crítica, desconfiar de ofertas "demasiado boas para ser verdade" e verificar sempre se as entidades com quem interagem estão devidamente autorizadas, uma vez que muitas operam fora da jurisdição nacional.













