O evento demonstra a elevada sensibilidade dos criptoativos a tensões geopolíticas e à aversão ao risco nos mercados globais.
A instabilidade começou após Donald Trump anunciar a intenção de impor uma sobretaxa de 100% sobre as importações da China a partir de novembro, em resposta a restrições chinesas à exportação de terras raras. A ameaça de um conflito económico prolongado entre as duas maiores economias do mundo gerou uma onda de aversão ao risco, penalizando ativos de maior volatilidade. O mercado cripto reagiu de forma abrupta, com liquidações que, segundo uma das fontes, atingiram 9,4 mil milhões de dólares em menos de 24 horas, enquanto outra aponta para um valor ainda maior, de 20 mil milhões de dólares, afetando 1,6 milhões de traders. Este movimento de "sell-off" atingiu as principais criptomoedas, incluindo a Bitcoin e o Ethereum.
Analistas descreveram a queda como uma reação à redução do apetite por risco, com os investidores a procurarem refúgio em ativos mais seguros.
Fabio Plein, da Coinbase, considerou o evento uma "correção técnica típica após o bitcoin ter marcado um novo topo histórico", mas o episódio reforça a perceção de que o mercado de criptoativos permanece vulnerável a choques macroeconómicos e geopolíticos, reagindo de forma semelhante a outros ativos de risco, como as ações de tecnologia.












