As autoridades aconselham os consumidores a adotarem uma postura crítica e a desconfiarem de ofertas que parecem demasiado boas para ser verdade. Segundo o Banco de Portugal (BdP), é provável que se trate de "uma fraude para o convencer a investir dinheiro em troca de retornos avultados que nunca chegam". Os burlões fazem-se passar por representantes de entidades gestoras de investimentos para ganhar a confiança das vítimas. O BdP recorda que os criptoativos, como Bitcoin ou Ethereum, são "representações digitais de valores ou direitos" que, apesar de poderem ser usados para pagamentos, "não têm curso legal em Portugal". A instituição sublinha que estes ativos "não são garantidos pelo Banco de Portugal nem por nenhuma outra autoridade nacional ou europeia". A enorme volatilidade da maioria dos ativos virtuais significa que não existe nenhum fundo que cubra eventuais perdas, sendo os utilizadores a suportar todo o risco, podendo perder "grande parte ou a totalidade do capital investido".
Para se protegerem, os consumidores não devem tomar decisões baseadas apenas em recomendações online, devem desconfiar de ofertas irrecusáveis e certificar-se de que contratam serviços apenas junto de entidades reais e devidamente autorizadas. A CMVM também reforça este alerta, aconselhando a consulta das listas de intermediários financeiros autorizados antes de qualquer investimento.












