Esta tendência, impulsionada pelo aumento da literacia financeira e pela acessibilidade de novas plataformas digitais, reflete uma nova abordagem à construção de riqueza pelas gerações mais novas. De acordo com dados da Revolut, esta preferência é ainda mais acentuada em Portugal do que na média europeia. Enquanto na Europa 37% dos jovens entre os 18 e os 24 anos escolhem ações e ETFs como principal veículo de investimento a longo prazo, contra 30% que preferem o imobiliário, em Portugal essa diferença é maior: 44% dos jovens nesta faixa etária optam pelo mercado de capitais, enquanto apenas 31% aponta para o imobiliário.
Esta tendência é motivada, em parte, pelos elevados preços da habitação, que aumentaram 17,2% no segundo trimestre de 2025, dificultando o acesso a este mercado.
Rolandas Juteika, da Revolut, afirma que “há uma mudança clara na forma como as gerações mais jovens estão a abordar a construção de riqueza. Já não esperam pela compra da primeira casa para começarem a construir o seu futuro financeiro; estão a começar mais cedo, a investir quantias mais pequenas e a utilizar ferramentas que antes estavam reservadas a investidores profissionais”. A plataforma digital revela que 56% dos seus investidores em Portugal têm entre 18 e 34 anos, sendo que os ETFs que seguem o índice S&P 500 são os mais populares.
A utilização de funcionalidades como o arredondamento de trocos para investir, usada em 38% das transações dos jovens entre 18 e 24 anos, demonstra a adoção de novas formas de poupança e investimento.












