Fatores macroeconómicos, como a expectativa de um corte nas taxas de juro nos EUA e o alívio nas tensões comerciais entre os EUA e a China, estão a catalisar o interesse de investidores institucionais e de retalho. A recente valorização do Bitcoin, que o levou a superar os 115 mil dólares após testar o suporte de 104 mil dólares, está a ser interpretada como um sinal de força do mercado de criptomoedas. A recuperação é atribuída a dois gatilhos principais: a reunião do Fomc, com a expectativa de um corte de 0,25 pontos percentuais nos juros dos EUA, e o encontro entre os presidentes dos EUA e da China, que poderá diminuir a tensão comercial. Este cenário favorável ao risco refletiu-se no aumento do apetite dos investidores, com os ETFs de Bitcoin a registarem entradas líquidas superiores a 90 milhões de dólares na última semana.

O regresso do termo “Uptober”, que alude ao desempenho historicamente positivo do Bitcoin em outubro, contribui para o sentimento otimista.

Analistas técnicos apontam para a próxima resistência acima dos 118 mil dólares, sendo que um rompimento dos 121 mil dólares poderia desencadear um ‘short squeeze’ com mais de 10 mil milhões de dólares em liquidações.

O movimento é sustentado por capital institucional, com notícias de grandes investimentos por parte de ‘baleias’ e figuras como Michael Saylor. A subida do Bitcoin está também a gerar expectativas de uma nova explosão no valor das ‘altcoins’, especialmente as que se encontram em fase de pré-venda, e a impulsionar ações de empresas do setor, como a Coinbase.