A iniciativa visa promover a utilização transfronteiriça da moeda e desenvolver serviços financeiros associados, tendo sido reveladas três plataformas principais: uma para pagamentos digitais transfronteiriços, uma de serviços blockchain e outra de ativos digitais. Segundo especialistas, este movimento representa um esforço para aumentar a influência da China no sistema financeiro global e oferecer uma “solução chinesa” para os pagamentos internacionais.

Em paralelo com esta promoção, Pequim parece estar a consolidar o controlo sobre o ecossistema de ativos digitais.

Em Hong Kong, que era visto como um potencial laboratório para gigantes tecnológicas chinesas lançarem as suas próprias moedas digitais, regista-se uma mudança de política. A crescente preocupação de Pequim de que as ‘stablecoins’ pudessem constituir uma ameaça à hegemonia do yuan digital levou a uma “marcha-atrás” na abordagem mais aberta que o território vinha a adotar em relação às criptomoedas.

Esta dupla abordagem sugere uma estratégia calculada para, por um lado, impulsionar a sua própria moeda digital e, por outro, mitigar os riscos e a concorrência de outros ativos digitais descentralizados ou privados.