Os burlões utilizam táticas sofisticadas, incluindo websites e aplicações fraudulentas, anúncios enganosos nas redes sociais e o uso indevido da imagem de figuras públicas para gerar credibilidade, prometendo rentabilidades elevadas e garantidas.

O modus operandi envolve frequentemente o contacto por parte de alegados “gestores de negócios” que oferecem “ajuda gratuita” e criam um sentido de urgência, levando as vítimas a investir em plataformas falsas que exibem lucros inexistentes.

Em muitos casos, as vítimas perdem não só o dinheiro investido, como também podem, inadvertidamente, conceder acesso remoto às suas contas bancárias.

A situação foi agravada pelo uso de inteligência artificial generativa na criação de vídeos falsificados (deepfakes) de personalidades a aconselhar investimentos.

Para combater este fenómeno, a DECO PROteste e a CMVM lançaram um plano conjunto.

Nuno Pais de Figueiredo, da DECO, afirma que a organização recebe queixas diárias de “consumidores que perderam milhares de euros”.

Por sua vez, Maria João Teixeira, da CMVM, salienta que um “consumidor informado e com espírito crítico” é um passo fundamental para evitar a propagação destas burlas.

As entidades aconselham as vítimas a reunir todas as provas e a apresentar queixa, reforçando que a prevenção, através da desconfiança de ofertas demasiado boas e da verificação da idoneidade das plataformas, é a melhor defesa.