Esta desvalorização reflete a crescente aversão ao risco no mercado, influenciada pelas expectativas em torno da política monetária da Reserva Federal dos EUA.

A cotação da Bitcoin sofreu uma desvalorização de 2,41%, para 89.901,94 dólares, chegando mesmo a atingir um mínimo de 89.231,50 dólares, o nível mais baixo desde abril. Esta quebra representa uma queda acumulada de aproximadamente 20% no último mês, um recuo significativo face ao máximo histórico de 126.251 dólares alcançado a 6 de outubro. A análise de Simon Peters, especialista da eToro, atribui esta tendência negativa à conjuntura macroeconómica, afirmando que “a perda de confiança dos investidores em novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA está a enfraquecer o preço” da criptomoeda. A crescente incerteza sobre a política monetária norte-americana está a levar os investidores a afastarem-se de ativos considerados de maior risco. Segundo Peters, “a probabilidade de um corte de 25 pontos base na reunião de dezembro é agora inferior a 50%, o que evidencia a contínua aversão ao risco do mercado”.

Este cenário demonstra a crescente correlação entre o mercado de criptoativos e os mercados financeiros tradicionais, onde as decisões dos bancos centrais exercem uma influência cada vez mais direta.

A volatilidade da Bitcoin é, assim, exacerbada pela instabilidade das expectativas económicas globais, mostrando que o ativo digital não está imune às mesmas pressões que afetam ações e outras classes de ativos.