Esta desvalorização representa uma perda significativa desde o seu máximo histórico e reflete a crescente aversão ao risco nos mercados financeiros.
A recente quebra no preço da Bitcoin, que chegou a cair mais de 2% para um mínimo de 89.231,50 dólares, assinala o fim de um período de euforia e sublinha a vulnerabilidade do mercado de criptoativos a fatores macroeconómicos. No último mês, a criptomoeda acumulou uma desvalorização de cerca de 20%, um declínio acentuado desde que atingiu o seu máximo histórico de 126.251 dólares a 6 de outubro. Este movimento negativo teve um impacto profundo em todo o setor, que perdeu mais de 1,2 biliões de dólares em capitalização de mercado em apenas seis semanas. A causa principal apontada para esta correção é a mudança de sentimento dos investidores em relação à política monetária da Reserva Federal dos EUA. Segundo Simon Peters, analista da eToro, “a perda de confiança dos investidores em novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA está a enfraquecer o preço” da Bitcoin. Peters acrescenta que “a probabilidade de um corte de 25 pontos base na reunião de dezembro é agora inferior a 50%, o que evidencia a contínua aversão ao risco do mercado”. Esta correlação demonstra que, apesar da sua natureza descentralizada, a Bitcoin e outros criptoativos estão cada vez mais integrados nos mercados financeiros tradicionais, reagindo de forma semelhante a outros ativos de risco perante a incerteza económica e as decisões dos bancos centrais.














