O projeto prevê uma fase piloto a partir de 2027, com uma possível primeira emissão oficial em 2029. O Euro Digital é concebido como um meio de pagamento público, simples e seguro, que não pretende substituir o dinheiro físico, mas sim oferecer uma alternativa digital garantida por uma autoridade central. Um dos seus objetivos estratégicos é reduzir a dependência de plataformas de pagamento privadas, maioritariamente norte-americanas, e oferecer uma alternativa segura às stablecoins e outras moedas digitais não regulamentadas.
Ao contrário de criptomoedas como a Bitcoin, cujo valor é determinado pela oferta e procura num mercado descentralizado, o Euro Digital será “emitido e garantido pelo BCE, estando sujeito à legislação bancária e à supervisão das autoridades europeias”.
Apesar do otimismo institucional, o projeto enfrenta ceticismo. António Henriques, CEO do Bison Bank, considera que “o projeto do Euro Digital enfrenta desafios significativos” e necessita de uma “proposta de valor clara para os cidadãos” para ter sucesso, sugerindo que um modelo híbrido com stablecoins privadas reguladas poderia ser uma abordagem mais ágil.
Entretanto, instituições como o Bankinter já estão a explorar ativamente projetos ligados ao euro digital, integrando-o na sua estratégia de inovação em meios de pagamento.














