A queda está a ser associada a um sentimento de aversão ao risco mais amplo nos mercados financeiros globais, particularmente a receios sobre as avaliações elevadas das empresas tecnológicas ligadas à inteligência artificial.

Adicionalmente, a perda de otimismo dos investidores relativamente a novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA é apontada como um fator crucial. Simon Peters, analista da eToro, explicou que “a perda de confiança dos investidores em novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA está a enfraquecer o preço” da Bitcoin, acrescentando que a probabilidade de um corte em dezembro é agora inferior a 50%. Este cenário demonstra a crescente correlação entre os criptoativos e os fatores macroeconómicos tradicionais, afastando a tese de que funcionam como um ativo de refúgio totalmente descorrelacionado.

A forte subida que precedeu o colapso, com a Bitcoin a valorizar 55,7% entre abril e outubro, apenas acentua a natureza volátil e especulativa do setor.