A iniciativa visa criar uma moeda digital pública e segura que complemente o numerário, reforçando a soberania monetária europeia.
O projeto, que concluiu a sua primeira fase com sucesso, entra agora numa nova etapa de desenvolvimento.
Segundo Carlos Conesa, do Banco de Espanha, o objetivo é ter um programa piloto funcional em 2027, dependendo da aprovação da normativa europeia em 2026, o que permitirá testar a tecnologia e resolver pequenas falhas antes de um lançamento definitivo.
O Euro Digital é concebido como um meio de pagamento público, fiável e seguro, destinado a complementar o dinheiro físico e não a substituí-lo. Um dos seus principais objetivos estratégicos é reduzir a dependência de plataformas de pagamento dominadas por empresas norte-americanas e fortalecer o papel internacional do euro.
Ao contrário de criptomoedas descentralizadas como a Bitcoin, o Euro Digital será uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC), o que significa que será “emitido e garantido diretamente pelo Banco Central Europeu” e estará sujeito à legislação bancária. No entanto, o CEO do Bison Bank, António Henriques, adverte que o projeto enfrenta “desafios significativos” e necessita de uma “proposta de valor clara para os cidadãos”. A indústria financeira tradicional já se prepara para esta realidade, com instituições como o Bankinter a desenvolverem áreas de negócio focadas em novos métodos de pagamento, incluindo “projetos ligados ao euro digital, stablecoins e outros instrumentos de pagamento emergentes”.














