A recente queda representa uma inversão significativa após um período de forte crescimento. A Bitcoin, o principal criptoativo, viu o seu valor cair de um pico de 106.662 euros, registado a 7 de outubro, para 79.566 euros a 20 de novembro, o que corresponde a uma perda de 25,4%. Este valor coloca a criptomoeda abaixo do limiar dos 85.000 dólares, um mínimo de sete meses. O crash não se limitou à Bitcoin, com o valor total do mercado de criptomoedas a sofrer uma perda superior a um bilião de dólares em apenas seis semanas. Esta contração surge num contexto de instabilidade mais vasta, com os analistas a estabelecerem uma ligação direta entre a queda dos criptoativos e o receio de uma bolha especulativa nas empresas de tecnologia ligadas à inteligência artificial (IA). A perceção de que os investimentos em IA podem estar sobrevalorizados gerou um sentimento de aversão ao risco que se estendeu aos ativos digitais, vistos como mais voláteis. Esta dinâmica confirma a crescente correlação entre o mercado de criptomoedas e os índices de alta tecnologia, como o Nasdaq, uma tendência já apontada por especialistas do setor financeiro, que notam que ambos os mercados tendem a reagir de forma semelhante a períodos de incerteza geopolítica ou alterações na política económica.