A advertência visa proteger os cidadãos de burlas cada vez mais sofisticadas que se aproveitam da credibilidade da instituição.

O alerta do Banco Central Europeu (BCE) sobre a utilização fraudulenta do seu nome e logótipo para solicitar pagamentos, inclusive em criptomoedas, representa uma intervenção crucial na proteção dos consumidores num cenário financeiro cada vez mais digitalizado.

A advertência, disseminada em várias comunicações, detalha que os criminosos estão a empregar métodos sofisticados, como o uso de números de telefone, endereços de e-mail e websites que imitam os canais oficiais do BCE. A menção explícita a "Bitcoin ou outra criptomoeda" num dos comunicados é particularmente significativa, pois reconhece formalmente os ativos digitais como um vetor proeminente para a perpetração de burlas financeiras.

Este reconhecimento por parte de uma autoridade monetária central sublinha a crescente integração, ainda que para fins ilícitos, das criptomoedas no quotidiano e a necessidade de uma maior literacia digital e de risco por parte do público. O BCE esclarece de forma inequívoca que não mantém contas bancárias de cidadãos, não solicita informações pessoais por canais não seguros e que os seus membros do Conselho Executivo nunca promovem planos de investimento.

Além dos esquemas com criptomoedas, os fraudadores alegam que o BCE cobra taxas por transferências ou atua como um banco comercial.

A instituição alerta ainda para o facto de a inteligência artificial ter potenciado o número de vídeos e sites falsos, aumentando a complexidade e a credibilidade aparente das fraudes.

A recomendação final do BCE é de vigilância máxima, aconselhando os cidadãos a não clicar em links, abrir anexos ou responder a comunicações suspeitas.

Esta ação preventiva do BCE não só visa mitigar perdas financeiras individuais, mas também preservar a confiança na instituição e no sistema financeiro como um todo, num momento em que a fronteira entre o legítimo e o fraudulento se torna cada vez mais ténue.