Movimento Vida Justa Convoca Protesto em Lisboa Contra Demolições e Despejos

O Movimento Vida Justa convocou um protesto para a próxima quarta-feira em Lisboa, em frente ao Conselho de Ministros, como resposta às recentes operações de demolição de habitações precárias nos concelhos de Loures e Amadora. Sob o lema "contra a destruição de casas, os despejos e as mentiras", a manifestação visa exigir um plano de emergência para a habitação e o acesso a "casas que possam ser pagas pelos ordenados". A ação surge num contexto de elevada tensão social, após a Câmara de Loures ter iniciado a demolição de 64 habitações no bairro do Talude Militar, uma operação que foi posteriormente suspensa por uma providência cautelar. A arquiteta e antiga vereadora da Habitação em Lisboa, Helena Roseta, criticou duramente a atuação do autarca de Loures, Ricardo Leão (PS), considerando-a "abusiva" e comparando a acusação de que o movimento manipula os moradores à retórica da ditadura. Roseta afirmou que a sua "grande razão é o direito à habitação" e que, na dúvida, está "do lado dos mais vulneráveis". O protesto reflete a crescente mobilização da sociedade civil perante o que considera ser uma resposta inadequada e desumana à crise habitacional, colocando em evidência o conflito entre as políticas municipais de erradicação de construções ilegais e o direito fundamental a uma habitação digna, especialmente para as populações mais vulneráveis.

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Em resumo

A convocatória de um protesto pelo Movimento Vida Justa, em resposta às demolições em Loures, intensifica o debate público sobre o direito à habitação e expõe a crescente tensão entre as políticas municipais e as necessidades das populações mais vulneráveis.